quinta-feira, 9 de julho de 2009

PSTU - traição e colaboração de classes(Típico de Trotskista?)


"Nós não estamos pedindo para sacrificar o lucro. É possível manter a lucratividade da empresa e resolver um problema social [o desemprego]", disse José Maria de Almeida, coordenador da Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas). http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?id=15,34381 para quem quizer conferir matéria onde foi dada a delaração.

Matéria publicada no jornal Causa Operária

Demissões na EmbraerConlutas/PSTU e a defesa do lucro patronalDiante de milhares de demissões, os 'socialistas' se juntam à Força Sindical e a todas as alas do sindicalismo patronal para defender os interesses dos patrões contra os trabalhadoresNo último dia 13, sexta-feira, foi anunciado que mais uma vez, terminou sem qualquer solução para os trabalhadores, a audiência de conciliação entre a Embraer e as entidades sindicais que representam os 4.270 trabalhadores que foram demitidos pela Embraer no dia 19 de fevereiro, a maioria dos quais (cerca de 3.200), da unidade de São José dos Campos (SP).Como quase sempre ocorre nas discussões processadas nos fóruns da justiça burguesa, s]adotou-se a melhor política para os patrões que é ganhar tempo e procurar esfriar a revolta dos trabalhadores, anunciando-se, desta feita que o assunto será analisado em julgamento do dissídio, no próximo dia 18.

O Conlutas, com Lula, na defesa do lucro...A Embraer de São José dos Campos demitiu mais de 3 mil trabalhadores, seguindo a onda de demissões na cidade que começou no início do ano com a demissão de cerca de 1 mil trabalhadores da unidade da Gerneral Motors.O PSTU/Conlutas, que dirige o sindicato dos metalúrgicos da região adotou como política para enfrentar este imenso ataque dos patrões a total dependência do governo Lula com a reivindicação de uma medida provisória para garantir a estabilidade no emprego e audiências com o governo, como se Lula fosse uma criança que não sabe que os empresários estão demitindo.A direção do sindicato de São José dos Campos sabia das demissões desde o final do ano passado e deixou as demissões se concretizarem, uma vez que não houve uma mobilização efetiva dos trabalhadores nas grandes empresas da região para impedir, na luta, as demissões.As supostas iniciativas de “mobilização” realizadas pela Conlutas, foram mera campanha eleitoral uma vez que as demissões foram decretadas no período da eleição do sindicato (e em claro sinal de apoio da patronal e da justiça, o julgamento do dissídio sobe as demissões foi marcado para uma semana após o pleito).[sobre o mesmo leia matéria nesta página]Foram realizadas passeatas e paralisações de alguns minutos na cidade de São José além da “caravana” em Brasília (enquanto a Embraer e as outras metalúrgicas da cidade trabalhavam normalmente), noticiada pela Rede Globo como exemplo de mobilização.Jogaram todas as fichas em que Lula iria resolver o problema, de que o prefeito de São José dos Campos e até o governador Serra deveriam ser procurados, quando todo mundo sabe que estes governos são defensores abertos dos empresários e da exploração mais desenfreada dos trabalhadores.

A conciliação com os patrões é tamanha, que em plena onda de demissões o representante a Conlutas, Zé Maria, declarou que “Nós não estamos pedindo para sacrificar o lucro. É possível manter a lucratividade da empresa e resolver um problema social [o do desemprego]”, “A Embraer é uma empresa estratégica e está sendo administrada de forma irresponsável, apesar de ter financiamento público. Pedimos a intervenção do governo Lula”, completou (DCI, 05/03/2009).O presidente do PSTU, ex-candidato presidencial do partido e coordenador do Conlutas, explicita claramente nesta declaração e em toda a política adota diante da situação o sagrado compromisso de “não sacrificar o lucro” dos patrões,colocado muito acima das necessidades da classe operária.Para um “socialista”, parece muito pouco socialista defender o lucro dos empresários, uma vez que qualquer criança sabe que o lucro vem justamente da exploração do trabalhador. Portanto, ele vai além e como qualquer político burguês, apresenta a fábula de que é possível “manter a lucratividade” e, ao mesmo tempo “resolver um problema social”.No caso da Embraer – e de quase todas as empresas capitalistas - é público e notório que o lucro dos patrões diminuiu com a crise econômica e o cancelamento dos contratos. Eles querem manter as margens de lucro demitindo trabalhadores e super-explorando a classe operária, como que ficarem na Embraer.Se os “socialistas” da Sem Lutas não “querem sacrificar o lucro” dos vampiros que dirigem a Embraer está explicado o porque da falta de luta efetiva contra as demissões. Pois, sem atacar o lucro dos patrões é impossível atender às reivindicações mais elementares dos operários e, portanto, não há qualquer sentido em promover uma mobilização efetiva, pois esta colocaria em risco, justamente, o “sagrado” lucro dos patrões.

CONTRA AS MOBILIZAÇÕES OPERÁRIAS

Qualquer criança sabe que os patrões e o governo só mudam de idéia diante da força da categoria. Não adianta se fazer de coitado. A única medida efetiva de defesa da categoria é a luta unificada dos trabalhadores.Depois de muito discurso pré-eleitoral de que “demitiu, parou”, anunciado em cartazes e panfletos pela diretoria do Sindicato, no ano passado, os “combativos” do Conlutas nada fizeram, de fato, diante antes e depois das demissões, no sentido de organizar uma verdadeira mobilização dos operários, cuja história de luta já demonstrou que tem como arma mas eficiente e única capaz de unir os demitidos e os ameaçados de demissão que ainda estão trabalhando, a ocupação da fábrica.O resultado desta paralisia foi a demissão em massa dos trabalhadores, sem nenhuma reação. Depois que os demitidos já haviam sido dispersados, a diretoria do sindicato de São José dos Campos decidiu fazer uma manifestação em um dos turnos da Embraer para marcar presença (mostrar na TV as camisetas da Chapa 1 etc.), diante da insatisfação dos trabalhadores.É evidente que com uma massa de mais de 3 mil trabalhadores demitidos a única política séria seria a decretação da greve com ocupação da empresa por todos os trabalhadores até a readmissão dos demitidos o que deveria ter sido devidamente preparado diante do fato reconhecido pelo sindicato de que a Embraer vinha falando em 4 mil demissões (inclusive pela imprensa burguesa) desde o ano passado.

COM A FORÇA SINDICAL E A JUSTIÇA PATRONAL

Depois que Lula, como era esperado, deu às costas aos demitidos da Embraer o novo amigo e salvador do PSTU/Conlutas é a Força Sindical e o Tribunal Regional do Trabalho de Campinas que concedeu liminar contra as demissões da Embraer para abrir “negociações”, onde o assédio moral contra os trabalhadores é total com o cinismo típico de que os demitidos precisam abrir mão de certos direitos para que o patrão da Embraer também abra de outros, quando a única reivindicação do demitido é voltar a trabalhar, exatamente o direito que eles querem cassar em troca das esmolas de cesta básica, convênio médico etcIsto fica claro quando o resultado da última reunião realizada (dia 13), no TRT de Campinas, segundo o sítio do próprio Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, foi que, enquanto a empresa manteve “postura intransigente”, deixando “claro que não está disposta a negociar com os trabalhadores” foi adotada uma “postura totalmente contrária” pelo “Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à CONLUTAS, e demais entidades sindicais, que se mostraram dispostas a discutir alternativas viáveis às demissões” , mostrando-se “dispostos a negociar as propostas apresentadas pelo desembargador do TRT de Campinas que, apesar de não prever a efetiva reintegração dos demitidos, acenou para um debate importante que é a limitação legal para demissões em massa”Presente ao encontro o próprio José Maria de Almeida, explicou:“O Tribunal apresentou uma proposta que não nos contempla por completo, já que não prevê a reintegração dos trabalhadores demitidos. Mas, suscita um debate importante pela proteção contra a demissão imotivada, que é importante para barrar as demissões coletivas que vêm ocorrendo em todo o país. Queremos a reintegração de todos os companheiros, mas a partir das propostas do TRT estamos dispostos a conversar” (sítio do Sindicato, 13/03/09).

Como toda burocracia sindical, que tem seus empregos e vantagens garantidas pelos trabalhadores e que deveriam defender sues interesses, a burocracia do Conlutas em nome de “um debate” aceita discutir qualquer outra proposta que nada tem a ver com a readmissão dos demitidos.

Além desta ser uma política tão “governista” quanto a da burocracia sindical do ABC, a qual os sindicalistas da Conlutas alegavam que era impossível combater dentro da CUT, o PSTU se coloca totalmente na mão da Força Sindical – entidade sindical construída pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), no início dos anos 90, para tentar domesticar a classe operária – para, na Justiça, reverter as demissões da Embraer. Será que o Paulinho da Força Sindical é o novo salvador dos trabalhadores?Seguem a risca a cartilha da ala mais pelega da burocracia sindical, que é talvez um dos grupos mais pelegos já surgidos na história do sindicalismo no país, que é a Força Sindical, para “lutar” contra as demissões apenas no âmbito jurídico, como se a Justiça no Brasil defendesse os trabalhadores por ação de bons advogados da Força Sindical.Na categoria dos trabalhadores dos Correios, o PSTU/Conlutas está fazendo exatamente a mesma coisa com o PCCS e o apoio à demissão em massa do PDV. Fazem parte do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) com a firme decisão de fazer os trabalhadores entrarem no jogo de cartas marcados do governo e do TST. É necessário desmascarar esta política de levar os trabalhadores para o matadouro com a conversa de que não temos força, fizemos o máximo possível, quando na realidade estão junto com os sindicalistas do governo, defendendo os acordos e decisões tomadas às costas dos trabalhadores.

Video(GREVE DOS CORREIOS 2007)

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